Responsável por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil, o tabagismo é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como uma doença epidêmica e, neste dia 27, para sedimentar uma campanha que venha a reforçar as ações a favor da saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Arapongas, realizou o lançamento do Programa Municipal de Combate ao Tabagismo no Anfiteatro Oduvaldo Vianna Filho. Os profissionais que já iniciaram o programa em algumas UBSs, palestraram proporcionando subsídios às equipes das Unidades Básicas de Saúde presentes.
Na abertura do evento o secretário da pasta Antonio Garcez Novaes Neto, argumentou que mesmo o Ministério da Saúde tendo lançado o programa em 2002, a partir dessa gestão é que existem as condições para executá-lo. "É na Unidade Básica de Saúde que este trabalho pode ser realizado com êxito, levando nossos araponguenses a deixarem este mal de lado e parar de fumar. Sabemos que o fumo hoje é um dos maiores responsáveis por vários tipos de câncer: de boca, da faringe, da língua, de esôfago, incluindo os mais conhecidos que são os problemas das vias respiratórias, como o enfizema pulmonar, entre outros. Também traz consequências nefastas para a saúde pública, pelo seu custeio e pelo próprio paciente que entra em situação grave de saúde pelo uso do fumo", frisou o secretário.
A primeira palestra-tema do enfermeiro Carlos Eduardo da UBS São Bento, apresentou o desenvolvimento do trabalho, a adesão dos moradores fumantes e o quadro geral ao final do programa. De 18 usuários que participaram, 12 pararam de fumar, na UBS São Bento que abrange os Jardins São Bento e San Pablo incluindo o Alto da Boa Vista. Mas chegar a esses números demandou um trabalho de acompanhamento dos desistentes e manter os grupos em andamento.
O palestrante Dr. Víctor Manuel Caldera relatou o aspecto humano que o profissional de saúde deve ter para manter um vínculo de resultados em saúde. "Meu trabalho com os fumantes, começou no Posto do Del Condor e as dificuldades relatadas pelo enfermeiro Carlos Eduardo, ocorrem no grupo, pois para algumas pessoas é difícil parar e largar o tabaco. Neste trabalho é importante conhecer o fumante, saber porque usam, em quais situações, para podermos atender individualmente cada pessoa", relatou o médico, que em sua experiência encontrou resistência de alguns usuários, até do grupo familiar, para manter o tratamento. Hoje o médico atende na UBS Luiz Beffa no Jd. Petrópolis e iniciará o programa naquela região.
As condições preconizadas pelo programa inicia-se pela formação dos grupos que terão acompanhamento de um profissional do Mais Médicos que orienta, trata e acompanha nas reuniões periódicas e nas orientações em saúde. Segundo o secretário Antonio Garcez Novaes Neto, atualmente 11 UBSs que iniciaram o programa, atenderão todos os pacientes do município que fizerem adesão ao tratamento, cada um na região abrangida pela unidade de saúde.
