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Espetáculo Eu Severino

Data de Início: 26/11/2015Horário de Início: 20hData de Encerramento: 26/11/2015Horário de Encerramento: 21hSecretaria Responsável: SECLELocal: Arena Arte Cultura SESI

O Substantivo próprio “Severino” refere-se à personagem da obra “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto. Como muitos são os “Severinos” da mesma cabeça grande, de mãe chamada Maria e pai Zacarias, morando na mesma região ossuda, o substantivo passa a ser comum. Há muitos severinos! O nome que é representação da identidade é roubado a olho vivo de suas mãos, sem dó e sem direitos. A substancia simbólica aqui fala não dos sentidos vividos num limite chamado de “Eu”, mas de um “Nós”, aliás de um “Eles”. Os “Severinos” passam a ser produto de um tempo, cultura e história. Aliena-se. De substantivo para adjetivo. O que deveria ser um jeito de “ser” no mundo passa a representar um qualificação do “ser”. Severino é um severino severino. Vida e Morte são iguais; produção da mesmice. Homogeneização absoluta. Nada o diferencia, sua identidade transcende sua individualidade.

Todo predicado antes de ser predicado foi uma ação, um movimento, um processo, mas aqui se ignora as linhas vividas e prefere-se abraçar o estático, o verbo substantiva-se. A atividade coisifica-se sob forma de uma personagem. Mas Severino percebe que não deve permanecer como substantivo ou como adjetivo; precisa se fazer verbo, fazer-se ação. Precisa transfigurar-se num ator.

O nome “Severino” remete-se agora a um verbo. O indivíduo não é mais algo: ele é o que faz. Portanto, diria ele mesmo: Eu severino.


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